Páginas

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Cura, nova promessa da Globo


Não se podia esperar pouco de João Emanuel Carneiro e Ricardo Waddington, autor e diretor de “A favorita” (a melhor novela dos últimos dez anos), na volta da dupla em “A cura”, série que estreou na Globo com 20 pontos de média de audiência. Eles acertaram mais uma vez e jogam para o alto o nível da TV. Talvez seja ainda cedo para fazer uma análise definitiva da série, mas quem viu vai querer acompanhar essa história de suspense com toques sobrenaturais. Só ficou a dúvida se as imagens do passado são mesmo necessárias. No primeiro capítulo, sobraram.

A bela cidade de Diamantina, em Minas Gerais, virou cenário perfeito para a série, permitindo voos aéreos das câmeras, provando o capricho da direção. Embora o público tenha conhecido vários personagens, a história será centrada em poucos, com foco especial em Dimas, médico vivido por Selton Mello em seu retorno à TV. Assim fica mais fácil ficar preso à história e criar empatia com os personagens, já que "A cura" será exibida apenas uma vez por semana.

Foi curioso ver um protagonista fumante em tempos policamente corretos na televisão. Pode parecer um detalhe, mas, de certa maneira, foi uma prova de ousadia dos criadores. Ousadia essa vista em vários momentos da história, seja nos enquadramentos ou na temática, criando uma atmosfera de suspense, raramente vista na TV brasileira.

Selton Mello ainda parece procurar seu personagem, optando desde o começo por uma atuação mais comedida. O destaque, no entanto, foram para os rostos desconhecidos do grande público. Mérito da direção que encontrou grandes atores mineiros para a série, como Inês Peixoto, que roubou a cena na estreia como a intrigante paciente de Dimas.


Fonte: Extra Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário